Guitarrismos

Mês: fevereiro, 2013

Aquisição de instrumentos for dummies, parte 1: Valor e impostos

Muita gente me pede dicas para fazer uma compra feliz de instrumentos e equipamentos. Onde que compra, quanto que custa, qual marca é legal e qual não é, qual a loja online que entrega no Brasil, quanto paga de imposto, etc, etc.

Resolvi aproveitar a oportunidade da minha aquisição iminente (sim, comprarei uma guitarra em breve \o/) e fazer um mini-guia para ajudar na decisão de compra.

Ignorância não é uma bênção.

Vou abrir o jogo: ser leigo é uma merda.

Eu sei porque eu já fui um.

De certa forma, gosto de acreditar que ainda sou um pouco leigo e que sempre dá pra aprender mais coisas. Mas isso não vem ao caso agora.

O fato é que eu já fiz muitas escolhas das quais me arrependo, no que diz respeito a gastar dinheiro.

Não conhecer as marcas, os modelos, a função de cada item do equipamento e quanto custa cada coisinha só contribui para tomar decisões que podem se transformar numa fonte enorme de aborrecimentos. Esse tipo de conhecimento nos protege de vendedores mal intencionados que querem te vender algo que você não precisa, produtos encalhados, roubados, com defeito, etc.

Como essas belezinhas são coisas caras, o processo de aprender a comprar por tentativa e erro é meio proibitivo, a menos que você seja muito rico. O ideal, neste caso, é tentar aprender o máximo com outras pessoas antes de abrir a carteira ou pedir pro seu pai comprar aquela guitarra maneira. Juntar o máximo possível de informações com os outros antes de fazer a compra.

Entenda: quanto mais tempo se gasta estudando e pesquisando, mais você faz fazer o seu dinheiro

Quanto custa?

Instrumentos de qualquer tipo costumam ser caros, mesmo quando são baratos.

Guitarras, por exemplo. Os modelos mais simples e baratos dificilmente vão custar menos de 500 reais. Uma guitarra razoável de uso profissional fica na casa dos mil. Acima disso, o céu é o limite.

O preço varia entre famílias de instrumentos. Baterias, trombones e trompetes podem custar o preço de um carro popular. Violinos e pianos podem valer tanto quanto um apartamento gigante num bairro nobre de alguma capital. Pianos Steinway, por exemplo, não são comprados em lojas, normalmente. Sua aquisição é feita por meio de cotação e encomenda ao fabricante.

Acrescente o valor dos impostos e o lucro dos revendedores e temos cifras incrivelmente altas.

 

Preço? Pelo menos quinhentos mil dólares.

 

Vale a pena comprar no Brasil?

Depende.

Independente do modelo e do fabricante, ao comprar um instrumento numa loja brasileira, paga-se:

  • IPI (imposto de produtos industrializados),
  • ICMS (imposto sobre circulação de mercadoria e serviços – cada vez que um item entra num estado da federação, aquele item é taxado),
  • PIS (Programa de Integração Social) e
  • COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social.
  • Imposto de Importação, se não for fabricado no Brasil. O valor é de 60%.
  • IOF (Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguros) se o produto for comprado no cartão de crédito, que é o que normalmente acontece

Resultado: um item que já era caro fica estratosfericamente mais caro.

As marcas brasileiras escapam do imposto de importação e isso pode tornar a compra um pouco mais atrativa. Por outro lado, dá um pouco mais de trabalho conseguir um instrumento nacional de boa qualidade, pois há uma variação grande de qualidade dentre modelos e fabricantes. Uma mesma marca pode oferecer séries ótimas e séries muito ruins.

No caso de instrumentos importados vendidos em lojas brasileiras, o preço final pode chegar próximo ao dobro. Basta fazer uma busca por um modelo de instrumento no google e comparar os preços das lojas nacionais e estrangeiras. A diferença é enorme.

Nos próximos posts, falarei um pouco mais das formas mais comuns de aquisição. Se você tá pilhando de comprar uma guitarra ou baixo, aproveite esse tempo para googlear bastante e estudar naquele violão maroto do seu amigo que você pegou emprestado.

Au Revoir!

Eu tenho uma notícia boa e uma ruim para dar para vocês.

A boa é que do dia 14 de fevereiro eu viajo. Minha namorada está se mudando para a França, graças a um curso doutorado que pintou. E eu vou junto com ela. \o/

A má notícia é que eu volto depois de três semanas, e ela só depois de três anos. Nos desejem sorte, porque vamos precisar. =/

A ficha ainda não caiu muito bem. Por um lado, é foda ficar separado de quem a gente gosta. Por outro, essa é uma oportunidade de ouro, que não pinta duas vezes na mesma encarnação. Eu tenho muito orgulho dessa menina, e to muito feliz por ela.

Sabe aquela história de que tudo é uma questão de perspectiva? Então… estou tentando olhar a situação do melhor ângulo possível, tentando ver as possibilidades que essa situação oferece. A mais óbvia é que eu vou ter que viajar bastante para ve-la. =)

Isso significa que a frequencia das postagens vai variar mais, e os assuntos vão acabar girando um pouco em torno da viagem. Mas eu não vos abandonarei, caros 7 leitores fiéis deste blog. >:D

Passaporte

Penei um pouco mas consegui. Agora é carimbar ele todinho! 😀